O processo da Ladeira



Esse tempo sem escrever sobre o processo esteve voltado para a maturação da configuração das partes do trabalho, o figurino que estava sendo confeccionado, a iluminação que estava com a idéia do que poderia ser, a produção, os convites, etc. Os ensaios aconteceram mas eu já estava ficando muito cansada ao final, procurando um sentido mais bem acabado para compartilhar... já não se tratava mais do processo e do convívio, a obra começava a pedir um certo fechamento, e eu precisava de outros olhares além dos moradores... quando ensaiei com o figurino, percebi que já havia uma diferença - não me sentia mais no clima de intervir - se tratava sim de uma apresentação - os moradores olhavam a roupa e davam opinião!! Essa passagem tênue entre sair do convívio processual e arrumar uma apresentação se diferencia no modo em que o corpo se coloca no espaço - é preciso haver uma coordenação entre seguir um roteiro, dar conta de uma imagem que está sendo mostrada e ao mesmo tempo cuidar das emergências sem deixar que estas interfiram na concepção de fragmentos do trabalho... ou seja, parece que agora há "um" trabalho, percebo, de dentro, uma unidade a seguir... antes a minha imagem do solo era fragmentada, como uma espécie de conjunto de estados... agora consigo sentir cada vez que apresento inteiro, um trabalho só - uma realidade nova... a mesma imagem que apareceu no caderninho nos primeiros meses, aparece no saco de lixo com "nós". É como se essa imagem estivesse guardada e no momento em que a saia de lixo foi criada, ela já aparece no formato em que fora criada meses atrás.

Caderno e o desenho da saia em junho (que não sabia de que material seria, era apenas uma imagem!!!)


Caderno ensaio em novembro com o mesmo desenho da saia que aparece configurada com nós de sacos de lixo azul.




No final do trabalho, há uma atmosfera mágica... esse aspecto aparece mais com a atuação da iluminação (criadas por Fred). Faz muito sentido esse aspecto porque há algo no ar desse lugar que é mágico e lúdico e isso finaliza o trabalho transformando a passagem por toda a ladeira. Acho que a libélula chegou na fase ninfa - da fada... sinto isso no final do trabalho, com as luzes de Fred Alvin... encontro um céu - há um cheiro forte de transformação no ar enquanto danço!! Acho que estou criando asas...


02/11/2012 - Bom, consegui esse olhar de fora com minha amiga Ana Milena Navarro - que assistiu o ensaio dia 25 e me falou muitas coisas interessantes sobre o que preciso desenvolver. Algumas coisas acho que dá tempo, outras, não sei por onde... Ela falou sobre a falta de pausa, que a todo instante estou numa mesma qualidade de movimento, mas que preciso deixar o tempo do silêncio aparecer e que estou sempre indo atrás de algo e não deixo a paisagem saltar... isso foi muito importante de ouvir!! Tenho dificuldades em parar... Tem uma parte do trabalho que acabo um ciclo de escorrimento no paredão e vou pegar o primeiro garrafão - ela falou sobre a falta de transição... comecei a trabalhar com uns sacos de lixo azuis e amarrar na cintura fazendo uma saia (essa imagem de vários fios amarrado em minha cintura é uma imagem antiga, da época de Lucía).  Acho que será essa a transição entre os sacos de lixo e o primeiro garrafão - só que Pingo no dia desse ensaio estava conversando muito e não me deixou trabalhar direito!!! Um material importante que utilizo mas parece que não fica muito claro é o como as pessoas sobem e descem a ladeira e como elas se cansam nesse trajeto criando pausas de cansaço... fiquei pensando que esse material pode ser usado no momento em que estiver arrumando os garrafões na ladeira - posso criar essas pausas e esses cansaços, talvez com mais água pra ficar mesmo pesado (as pessoas da ladeira carregam muito peso para cima e para baixo)... e quanto ao jogo de futebol, ela queria ver mais aprofundamento com a interação entre os moradores... fico um pouco tímida ainda... rsrsrs ela queria que eu cantasse com os garrafões rsrsrs e quer que o assobio do início seja mais bem executado... aff, muitas coisas... as idéias de Fred sobre a iluminação final também me abriram idéias para pensar a finalização... vamos ver!!!


23/10/2012 - Estou sentindo muita falta de alguem que possa conversar comigo sobre os materiais gerados - um assistente, algo que me mostre coisas que estão acontecendo no lugar criativo... sei que tenho materiais que podem ser considerados específicos de cada passagem, mas no conjunto, em sua dramaturgia, ainda tenho dúvidas de coisas... algumas coisas são sequenciadas em movimentos, outros pontos são improvisados, outros têm como foco o garrafão e a geração de uma determinada situação, outros têm a ver a com a sensação interna do meu corpo e o que isso gera de imagens compositivas, outros têm a ver com o modo em que as pessoas estão na ladeira... O quê delimita esse material todo? Será que está alinhavado e tem uma coerência consistente? Estou precisando compartilhar... o problema é que procurei um assistente no início do ano, depois estava criando junto com Lucia, depois comecei a viajar muito - interrompendo o processo!! Preciso de uma orientação - como será que está ficando esta composição - será que está entrecortada demais? Difícil trabalhar com roteiro de dança (nesse caso) porque as coisas se alinhavam sob uma outra lógica que não tem uma ordem comum de fatos e situações...
22/10/2012 - Hoje a noite, conversando com a minha amiga Bárbara Santos sobre o trabalho, ela me falava uma coisa que achei importante: que essa melancolia do mar, a sujeira da ladeira, o fantasma da dançarina Lucia que não está mais comigo, essa exposição de estar sozinha, mas ter sempre alguem olhando é parte também do trabalho... como isso aparece esteticamente??? Interessante!! Porque eu sinto isso também - que não é o lado colorido e belo da ladeira - é a própria realidade de invisibilidade desse lugar!!!











Algumas páginas do caderninho azul - caderno do processo:









LADEIRA DE CHUVA 

A cor desse processo é azul...entre o topo e o pé da ladeira...entre a libélula e o gato.

 Um processo está em andamento junto ao Coletivo Construções Compartilhadas (no qual cada integrante está desenvolvendo um processo criativo diferenciado). O primeiro fragmento do texto é uma  proposta para pleitear o Edital Quarta que dança 2012 na Fundação Cultural do Estado da Bahia e os outro textos são referentes aos registros e impressões diárias do processo criativo em andamento:


Ladeira de chuva


Essa proposta de criação artística consiste no processo de uma obra que é construída a partir da ladeira da comunidade Vila Brandão no bairro da Barra. Essa comunidade fica numa espécie de periferia do centro da cidade onde se concentra uma mistura de moradores soteropolitanos e estrangeiros. Sua estrutura é de uma favela brasileira, na qual as casas são construídas sem espaçamento umas das outras. Há uma paisagem para o mar na qual na saída e na chegada do lugar se encontra uma ladeira de concreto muito inclinada onde crianças brincam e os moradores sobem e descem.


A idéia é gerar movimentos improvisados nessa ladeira e criar situações a partir dos dados que o próprio lugar oferece enquanto signo, contexto e configuração física. Desse modo, entre duas intérpretes-criadoras Líria Morays e Lucía Fernandez já se constrói uma ponte com esse lugar, já que Lucía é moradora da vila Brandão, é uruguaia e  Líria Morays é brasileira e não mora nessa comunidade.


Na primeira mostra pública do processo em março de 2012, os primeiros movimentos foram gerados anteriormente a partir da informação de que moradores sobem a ladeira em zigue-zague para aliviar o cansaço muscular durante a subida, um guardador de carro experimentou junto com as intérpretes as ações de  descer a ladeira com as mãos na cintura, e emergiu a ação de rolar ladeira abaixo como modo de experimentar o declive para deitar – percebendo a temperatura do concreto e as cores de uma paisagem azul que o local apresenta. Geladinhos foram comprados de uma moradora do bairro e foram distribuídos entre as pessoas que assistiram.


Com a interferência constante dos moradores da comunidade, algumas pessoas já são consideradas como participantes desse processo, como por exemplo, D. Margarida, um senhor que fica sentado no meio da ladeira ouvindo rádio e olhando para o mar, todas as tardes, Amanda que mora na casa que vende geladinho, Carol que tirou as últimas fotos e Pingo (um morador que está sempre meio bêbado e que participou da primeira mostra – dançou junto com as intérpretes).


Num experimento prévio, as dimensões daquilo que é paisagístico, daquilo que é social e daquilo que faz parte das micro-percepções começaram a ser investigadas. Esse processo está em andamento junto ao Projeto Arquipélago do Coletivo Construções Compartilhadas com o apoio do Klauss Vianna – Funarte 2011, que tem uma proposta de finalização de uma  primeira etapa do processo criativo marcada para agosto 2012.


No Arquipélago -, cada integrante do Coletivo estará realizando um processo criativo individual. Atualmente, fazem parte do Construções Compartilhadas: Alexandre Molina, Carlos Santana, Eduardo Rosa, Gabriel Teixeira, Lenine Guevara, Líria Morays, Paulo Lima, Pedro Filho Amorim, Rafael Rebouças e Rita Aquino. Ladeira de chuva é o processo individual de Líria Morays.




Nesse  processo em andamento, é possível identificar uma relação com o mapeamento do local em que a composição está inserida que se trata de um dar-se conta das relações entre as pessoas que já se encontram nesses lugares e a sua constituição física que produz ações e modos de estar/dançar nesses lugares. Em Ladeira de chuva, cada ensaio e mostra estão sendo documentados com diários e anotações para posterior coleta de dados sobre o que ocorre. Em Espia 1. As anotações não são tão sistematizadas. Ladeira de chuva está sendo desenvolvido junto com outra dançarina que é moradora da Vila Brandão e é uma artista com a qual não houve uma parceria anterior. Esse fato abre novas possibilidades e novas reflexões no modo operandi de compor.

No primeiro dia em contato com a comunidade Vila Brandão  (que fora escolhida por conta de seus contrastes em lugares acidentados, moradores estrangeiros com moradores antigos e uma morfologia acidentada de uma ladeira), fotos foram tiradas e conversas realizadas com as pessoas do local, bem como as primeiras impressões sobre o estar nessa comunidade foram registradas em pequenos relatórios. Nos outros dias que seguiram, os experimentos práticos seguiram e no dia 17 de março, ocorreu a primeira mostra (do processo) para o Coletivo Construções Compartilhadas) na Ladeira da comunidade ao sol das 16hs da tarde, no pôr-do-sol. Essa mostra fora filmada e algumas observações foram feitas e as próximas experimentações seguiram também com relatórios escritos e anotações.


RELATÓRIO PRIMEIRO DIA VISITA VILA BRANDÃO – 13/02/2012

·         Chegada vista da ladeira, uma praça com uma cruz branca no centro, crianças cantando no meio da ladeira.

·         Espera por Lilih e Lucia numa sombra (escada de moradia) – estavam uma senhora que já mora nesse local há cinquenta anos, uma mulher na faixa dos seus quarenta anos de idade e duas meninas adolescentes.

·         Outra adolescente aparece com um geladinho na mão. Pergunto sobre onde vende, e ela responde que em sua casa. Pergunto quanto custa, ela responde que r$ 1,00 e se eu quiser, ela vai buscar pra mim e que tem de amendoim e de manga. Lembro que a minha avó vendia geladinho... pelo um geladinho de amendoim.

·         Lilih chega e começa também a conversar com essas pessoas. Aparece D. Julieta que também é uma senhora antiga do bairro.

·         Lucia chega com Andrez e começamos a caminhar em direção à sua casa. A sua casa tem vista para o mar, é bem pequena e simples... tem uma passagem na parede que dá acesso à uma possível horta que os dois pretendem plantar. Fico nessa passagem e Lilih começa a tirar fotos. Na janela da sala deles Lilih também tira fotos, registrando o mar de fundo.

·         Começamos a caminhada pelo bairro eu, Lucia, Andrez e Lilih em direção à descida ao mar. Abre-se um grande campo de futebol batido em barro. Mais adiante um refúgio de bambus. Descendo um pouco mais, quando achei que não veria pessoas, perto das pedras do mar aparecem meninos (na faixa de uns dez a 12 anos) correndo e brincando de esconder e aparecer com a máquina de fotografia de Lilih. Eles começaram a se aproximar por curiosidade de saber como as fotos estavam ficando... em meio a esses meninos, tinha um bem moreno com os olhos verdes, o qual Lilih tirou fotos dele segurando um copo de mate (Lucia por ser Uruguaia anda com uma garrafa térmica nos braços fazendo mate ao longo do caminho).

·         Subimos para ver outros caminhos e encontramos Franklin (Dançarino – alemão - que mora nessa região), ele gostou muito de saber que estaria trabalhando nesse lugar e falou sobre suas amigas que tinham um espaço e um desejo de movimento cultural nesse lugar e, que poderíamos nos encontrar mais tarde.

·         Fomos eu, Lucia e Lilih em alguns becos apertados de moradia... senhoras e crianças sentadas na frente das portas, janelas abertas, restaurante... tudo junto numa arquitetura onde parecia incrível caber tanta informação. Encontramos Gimena – uma argentina que conheci anos antes, que também está morando nessa vila.

·         Voltamos para a casa de Franklin e suas amigas – Célia Mara e Silvia. Para chegar nessa casa há um beco muito apertado de blocos nus... ao entrar na casa, abre uma paisagem do mar e uma linda casa com jardins e plantas. Ouvimos histórias do lugar, de com fora construído, daquilo que já se tentara fazer de envolvimento cultural para a comunidade, de vizinhos que demarcam territórios, do significado das mulheres tomarem a frente nesses locais... depois de horas de conversas, mostra de vídeos, troca de contatos, conseguimos sair do local com uma promessa de volta e continuidade de ações culturais futuras para dentro e fora da Vila Brandão.  


LOCAIS:

Bambu para o mar – porta para a horta

Mar-janela/beco-bloco

Ladeira – chegada/Ladeira-beco

A casa de Lucia

A casa de Célia Mara

PESSOAS:

Senhoras antigas

Gringos

Crianças do mar

IMAGENS:

Senhora rezando na frente da porta sentada, enquanto crianças corriam embaixo e pessoas conversavam, às seis horas da tarde em meia-luz.

Menino galego tomando chimarrão

O beco de blocos nus numa escuridão sem fim

Uma ladeira em pé para um lugar esquecido

SENSAÇÕES:

Grandeza e contraste dentro de um mesmo local

Carência de movimentos aliados

Beleza sufocante

Novidade

Outro tempo sem urgência

SEGUNDO DIA VILA BRANDÃO – 14/03/2012

Casa de Lucia – conversa sobre alguns assuntos... convite sobre participar da mostra para o coletivo com ela, observação da ladeira, comprando geladinho...

Terreno vazio – possibilidade de utilização...

TERCEIRO DIA VILA BRANDÃO – 15/03/2012

Ladeira, geladinho e não encontrei Lucia... tento subir a ladeira de modo reto com o amigo de Lucia

QUARTO DIA VILA BRANDÃO – 16/03/2012

Casa de Lucia, mini-reunião sobre a mostra, resolução de reunião final em sua casa...

Geladinho de cenoura com acerola

Ensaio testando cores de tecidos com o fundo do mar...

Subindo e descendo a ladeira de formas distintas...


NARRATIVA SOBRE A PRIMEIRA MOSTRA


Ocorreu uma conexão com a parceria – Lucia Fernandez -  e com um morador de rua (que dorme nessa comunidade). Desde o ensaio no dia anterior, estivemos a receber informação de pessoas da rua – como o guardador de carro que nos deu instrução sobre possibilidades de subir a ladeira e descer. Concentramos a apresentação do solo na ladeira e na sua extensão. Porém a ladeira não se configura apenas por um formato de ser ladeira, mas ela é parte dessa comunidade – divide os bairros que estão acima dessa organização de moradia. Estudamos possibilidade passagem, modos de descer, resoluções do percurso, etc. Estávamos abertas sobre o que poderia acontecer de novidade durante a apresentação. Comprei os geladinhos para distribuir entre as pessoas do coletivo que estariam ali para assistir algo. O geladinho é algo que se vende em comunidades e por coincidência, a minha avó vendia geladinho e isso lembra a minha infância. Conectados então pelo geladinho, alguns filmavam, outros tiravam fotos da apresentação. Estávamos de azul por causa da cor do céu... Descemos a ladeira andando de modo lento, em zigue-zague que é o código de subida e descida dessa ladeira, e,  depois de algum tempo, começamos a deitar no chão. O cimento áspero da ladeira causa uma dificuldade de produzir movimentos fluidos, embora nossos movimentos tenham aparecidos de modo fluido. Após um tempo no chão, exploramos um grande muro que está ao lado da ladeira – de uma lado da ladeira muro; do outro uma linda paisagem para o mar com árvores do local. Entre o chão e a parede uma pessoa da comunidade entra na apresentação e passa a sugerir movimentos. Tento realizar os movimentos que ele propõe, sem perder a conexão com Lucia. Aos poucos, vamos descendo a ladeira em zigue-zague, e repetindo os movimentos que o outro (guardador de carro) nos indicou no dia anterior. Descemos com movimentos mais dinâmicos correndo... paro para olhar o sol que está a se pôr – as cores do céu são muito diversas por causa desse horário. Nesse dia, em especial, os moradores colocaram uma caixa de som na rua com pagode. Então realizamos a performance com esse som de fundo...Alguns moradores estavam em pé assistindo o que fazíamos. O morador de rua (que estava bêbado) acompanhou a performance até o final. Chegamos até o largo, desenvolvemos alguns outros movimentos, e começamos a descer a outra ladeira. No terceiro segmento da ladeira, demos as mãos e seguimos... o bêbado entrou no meio segurando a minha mão e a de Lucia. Subimos novamente e ele veio novamente no meio... fomos para a casa de Lucia conversar sobre o arquipélago.


AVALIAÇÃO E REFLEXÃO PÓS-PRIMEIRA MOSTRA


ENSAIO 1 – pós - apresentação

Caráter perceptivo:

Descendo a ladeira

Dimensões (passando a atenção do corpo/olhar de uma pra outra) – paisagem; pessoas; pequenas coisas perto do olhar; fronteira interna/externa do corpo.


CONVERSA PÓS-ENSAIO

Risco como princípio – equilíbrio – lugar de negociações do corpo

Continuar trabalhando com dimensões

Dificuldade em permanecer em alguma ignição – vontade de abrir para interferências das pessoas.


ENSAIO 2 – pós-apresentação

Subindo a ladeira

Tempo lento

Dimensão – atenção em pequenas coisas perto do olhar; fronteira interna/externa do corpo.

Dificuldade de subir em tempo lento – esforço físico

Permanecer com a atenção em micro-coisas fecha a possibilidade de interferência que interrompa aquilo que se faz... elas dialogam de outro jeito. (estratégia de composição – aquilo que cabe a interferência ou não...).

Aspecto social – pedimos a uma moradora para fotogafar...

Outro morador comentou o esforço de subirlento na ladeira

Algumas crianças comentaram sobre como nos mvíamos de modo igual – conectividade (Lucia comentou sobre isso depois...).


ENSAIO 3 – pós-apresentação

Ficando apenas com as dimensões da paisagem ao longe dos olhos, e mantendo um sentido de concentração, eu e Lucia experimentamos movimentos por lógicas internas de criação. Alguns meninos desceram com garrafões azuis a ladeira produzindo um movimento e um barulho interessante e pedi aos meninos para experimentar. Crianças nos imitaram durante os movimentos e Lucia registrou fotos com a câmera na mão enquanto dançava.

Começamos a pensar em roteirizar alguns materiais, em ter garrafões e alguns outros elementos.

Conversa importante entre Lucía e eu sobre signo na composição – aquilo que aparece ao outro ou não durante as lógicas internas que são estabelecidas no momento da apresentação.









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